Às vezes eu fico meio em dúvida se toda essa monstruosidade de recursos que os fabricantes anunciam nas specs das máquinas são realmente necessárias ou se chegam a atrapalhar mais do que ajudar. Ok, todo mundo gosta de gráficos bons, mas quantas vezes já presenciamos jogos absolutamente ruins ou simplesmente medíocres porque a produtora focou mais nos gráficos e simplesmente abandonou o gameplay? Ou a história? Ou os controles? Ou a AI dos personagens?
O exemplo mais típico que me vem à mente é Metal Gear, que só se tornou o que é hoje graças à falta de recursos. Em sua primeira versão de 1987, era para ser um jogo de tiroteio, correria e ação, como um Contra ou Ikari Warriors. A falta de recursos que o MSX e o NES tinham obrigou os designers a remodelar o jogo até que ele se tornasse um jogo de espionagem tática, que acabou dando certo no fim e fazendo talvez mais sucesso que se fosse mais um jogo de ação apenas.
Tirando este exemplo, existem inúmeros outros em que jogos ficaram mais legais com uma redução proposital de recurso disponível, e um exemplo disso é Guxt, o joguinho da figura, que mais parece um clone de Zanac para daltônicos.
Guxt não tem só duas cores. A cara de Gameboy em 95% do tempo foi proposital e ficou muito bom, mas tem outras cores no jogo também. Os tiros dos inimigos são em vermelho e tem algumas surpresas (ítens de bônus) que surgem em outra cor. O autor quis dar destaque e criar uma atmosfera diferente, e acabou fazendo todo o sentido. Ah, detalhe: O jogo todo tem menos de 1 Mb.
Quem quiser tentar jogar, pode baixar o arquivo daqui, mas fica o aviso: O jogo é difícil e só se joga pelo teclado (pelo menos até essa versão, que foi a mais nova que eu encontrei).
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